18/07/2018

Aposentadoria: Muito a se fazer

Pesquisa pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)

Manter o padrão de vida durante a aposentadoria é o desejo de muitos brasileiros, principalmente entre os que se preparam para essa fase. Mas, para isso, em algumas vezes é necessário abrir mão de gastos supérfluos ou de algum sonho de consumo. É o que revela pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O levantamento aponta que 88% dos entrevistados que se preparam ativamente para a aposentadoria afirmam fazer adaptações no orçamento para garantir que a reserva seja suficiente.

As principais medidas adotadas incluem redução de saídas a bares e restaurantes (49%), de compras de itens supérfluos em supermercados (46%) e de viagens (40%). Outro dado que chama a atenção é o fato de 21% reduzirem gastos com planos de saúde, sobretudo nas classes C, D e E (24%). A pesquisa também aponta que 13%, por sua vez, esperam enfrentar algum tipo de aperto financeiro nessa fase – sobretudo na faixa dos 55 anos (22%). Nove em cada dez mostram-se dispostos a aumentar o tamanho de sua atual poupança, sendo que 67% destacam não ter condições de guardar um montante maior nessa fase, e apenas 22% conseguem separar no momento uma parte maior do orçamento para o futuro. Já 12% dizem não estar em seus planos ampliar as reservas – seja por faltarem recursos financeiros (9%), seja por isso não ser prioridade (2%).

Considerando as reservas financeiras que dispõem, 74% dos que se preparam para a aposentadoria acreditam que vão manter um estilo de vida confortável após deixarem o mercado de trabalho. Entre aqueles que mencionam contribuir com a previdência social (INSS), 45% acham que o valor da aposentadoria será suficiente para seu sustento – sendo que 24% imaginam manter o padrão de vida atual, e 22%, um menor. No entanto, 38% reconhecem que o valor não será suficiente para seu sustento – percentual chega a 54% na classe A/B.

Quando questionados sobre a maneira de mensurar a quantia a ser guardada para se manter o padrão de vida no futuro, 41% afirmam ter calculado o valor necessário, enquanto 59% não fizeram essa conta – percentual que sobe para 62% nas classes C, D e E. Tendo em vista somente os que realizaram algum tipo de cálculo, 42% fizeram um levantamento do padrão de vida desejado com a ajuda de simuladores na internet ou de aplicativos, ao passo que 42% calcularam manualmente.

Levando em conta os que não fizeram algum tipo de cálculo, 47% guardam como podem, sem saberem ao certo se a quantia será suficiente. Outros 26% acreditam que o valor é suficiente, mesmo sem terem feito cálculo algum; e 25% afirmam pagar somente a previdência social (INSS) para garantir o mínimo de sustento. Os números mostram que ainda há muito a se avançar no planejamento das aposentadorias no Brasil. E a hora é agora para mudarmos esse quadro!  

(Carlos Eduardo Costa - O Tempo)

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